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Os riscos climáticos estão a aumentar em frequência e intensidade em toda a Europa; publicada uma nova panorâmica regional

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Notícias Publicado 2022-01-12 Modificado pela última vez 2023-02-09
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Photo: © Jonathan Ford on Unsplash
À medida que os fenómenos meteorológicos extremos e outros riscos climáticos aumentam em frequência e intensidade em toda a Europa, são necessárias informações sólidas para avaliar os riscos climáticos e planear para a adaptação às alterações climáticas. O novo relatório interativo da Agência Europeia do Ambiente (AEA) apresenta uma panorâmica atualizada da forma como os riscos climáticos estão a evoluir nas diferentes regiões da Europa.

Este novo relatório interativo da AEA, intitulado «Riscos climáticos em mutação na Europa», apresenta uma panorâmica das alterações passadas e projetadas dos riscos climáticos mais importantes na Europa e do modo como afetam as regiões europeias. O relatório da AEA é especialmente valioso para os decisores políticos e para os peritos envolvidos na avaliação dos riscos climáticos e no planeamento da adaptação às alterações climáticas na Europa. Os Estados-Membros da UE também podem utilizar as informações para comunicar à Comissão Europeia riscos relacionados com o clima.

O relatório, elaborado com o apoio do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S) e de outros parceiros da AEA, permite o acesso a informações gerais e também pormenorizadas sobre os riscos climáticos regionais, bem como a conhecimentos sobre a forma como estes riscos podem afetar os ecossistemas e os setores económicos.

O relatório reflete as conclusões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), segundo as quais as alterações climáticas são inegavelmente responsáveis por um aumento dos fenómenos meteorológicos extremos, mas fornece informações mais pormenorizadas para a Europa.

Entre as alterações projetadas destaca-se que as temperaturas médias continuarão a aumentar em toda a Europa, prevendo-se que os extremos de calor aumentem ainda mais rapidamente. Segundo o relatório, os europeus precisam de se preparar para mais dias com calor extremo e para fenómenos de precipitação mais extremos.

  • O Sul da Europa deve preparar-se para verões mais quentes, secas mais frequentes e um maior risco de incêndios.
  • No Norte da Europa, é provável que aumente a pluviosidade média anual e a precipitação intensa.
  • É provável que a Europa Central registe uma menor precipitação estival, mas também fenómenos meteorológicos extremos mais frequentes e mais fortes, incluindo precipitação intensa, cheias, secas e risco de incêndios.
  • Prevê-se que a temperatura da água do mar à superfície, as ondas de calor marinhas e a acidificação da água do mar aumentem em todos os mares regionais europeus. A subida do nível do mar está a acelerar em todas as costas europeias, com exceção do Mar Báltico setentrional.

Para mais informações sobre muitos dos riscos relacionados com o clima, consultar o European Climate Data Explorer, desenvolvido conjuntamente pela AEA e pelo C3S.

Contexto

Pacto climático de Glasgow, acordado na 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CQNUAC), salienta a urgência de intensificar a adaptação às alterações climáticas e de partilhar conhecimentos e tecnologias para reforçar a capacidade de adaptação, reforçar a resiliência e reduzir a vulnerabilidade às alterações climáticas. O documento reconhece igualmente a importância dos melhores conhecimentos científicos disponíveis para uma ação climática eficaz e para a tomada de decisão, incluindo dados sobre os perigos, riscos, e perdas e danos climáticos.

Estratégia da UE para a adaptação às alterações climáticas visa forjar uma Europa resiliente ao clima até 2050, apelando a informações mais fiáveis sobre as alterações climáticas, os seus impactos e a adaptação necessária.

Em conformidade com a Lei Europeia em matéria de Clima, a Comissão Europeia analisa regularmente os progressos realizados pelos Estados-Membros na adaptação às alterações climáticas, nomeadamente no que diz respeito aos riscos observados e futuros, relacionados com o clima, sobre os quais os países a devem informar a cada dois anos.

Mecanismo de Proteção Civil da UE exige que os Estados-Membros da UE e outros Estados participantes apresentem à Comissão avaliações nacionais de risco periódicas.

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